SITE__940x400 (21.9) D.png

QUEM SOMOS

EU SOU RESPEITO Ă© uma campanha promovida pela Procuradoria Regional dos Direitos do CidadĂŁo/RS, do MinistĂ©rio PĂşblico Federal, que teve como parceiro o Centro Universitário Metodista IPA, realizada com a verba proveniente do acordo gerado pelo encerramento antecipado da exposição Queermuseu: Cartografia da Diferença na Arte Brasileira, no ano de 2017. A campanha objetiva promover reflexões sobre o Respeito, sobre as violĂŞncias ligadas ao gĂŞnero, a intolerância, os preconceitos, o racismo e os discursos de Ăłdio. SerĂŁo desenvolvidas ações, eventos e debates ao longo de 2021. A primeira ação Ă© o lançamento do edital que contemplará projetos de instituições, organizações e movimentos que lutam pelos direitos humanos, em especial mulheres e LGBTQIA+. 
 
A criação, planejamento, produção e execução da campanha foi realizada pelos alunos Ariete Fraga (Social Media), Felipe Paes (Direção de Arte) e Juliane Lucca (Assessoria de Imprensa), com a direção criativa do Prof. Ms. Alex Ramirez. Participam ainda Vinicius Mello (Edição dos vídeos), Lisane Berlato/MPF (Produção Executiva), Rodrigo Simões/MPF (Assessor Jurídico da PRDC) e o procurador da República, Enrico Rodrigues de Freitas (Coordenação geral da campanha).
 

SOMOS TODOS RESPEITO!

 

EDITAL

O edital contemplará projetos no valor máximo de R$40.000,00 destinado Ă  ações desenvolvidas por ONGs, escolas, universidades, museus, instituições, organizações e movimentos sociais em 2021, nas áreas LGBTQIA+ e mulheres.  

Mais detalhes, consulte o edital.  Inscrições atĂ© o dia 05 de março de 2021

 
 

MĂŤDIA

LADO A LADO REGULAR 940X726 (9X7)W.png
LADO A LADO REGULAR 940X726 (9X7) alice.
 

Apoiadores 

A campanha EU SOU RESPEITO foi desenvolvida em parceria com a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão/RS, do Ministério Público Federal, e com o Centro Universitário Metodista IPA.

​

Agradecemos e dedicamos a campanha a todos aqueles que lutam pelo Respeito às diferenças, em especial Valéria Barcellos, Alice Guarani, Márcio Chagas, Matheus Gomes e Gaudêncio Fidélis, curador da exposição Queermuseu.

​

Agradecemos tambĂ©m Ă  DrÂŞ Claudia Vizcaychipi Paim (Procuradora Chefe – PR/RS), ProfÂş ValĂ©ria Deluca Soares, ao ProfÂş Marcos Wesley da Silva e aos que colaboraram de alguma forma: Ivanna Fabiani, Cassiano Pellenz, Joe Nicolay, Claudio Jr, JoĂŁo Batista Filho, CĂ­ntia Esther Fuchs, FabrĂ­cio Benites Hamester, Kellen Paim, AndrĂ©ia Ferreira Martins, JhĂşlia Silveira, Ilana Xavier, Franciele Schimmelfennig, Lucas Benifel e aos professores que colaboraram diretamente com a campanha, LĂ©o Nuñez  e Maria LĂşcia Patta MelĂŁo

 

 

Era 10 de outubro de 2017, calor em Porto Alegre. Vinhamos do afastamento de uma presidente da RepĂşblica e um movimento conservador tomava conta das ruas e das redes sociais. Podia ter sido um domingo qualquer, em que amigos se encontram na orla do GuaĂ­ba, o rio que nĂŁo Ă© rio e andam pela Rua da Praia, que tambĂ©m nĂŁo tem praia, já cantou o poeta e caminham atĂ© a Praça da Alfândega, local onde ficam os museus, a Feira do Livro e o espaço chamado, Ă  Ă©poca, de Santander Cultural.  Ainda há um mĂŞs para o fechamento previsto da exposição organizada e desenhada sob a curadoria de GaudĂŞncio Fidelis, Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. Imagino que nĂŁo deva ter sido fácil selecionar 223 obras de 84 artistas de Ă©pocas diferentes, dos anos 1950 atĂ© a contemporaneidade. Nomes como como Adriana VarejĂŁo, Volpi, Fernando Baril, Lygia Clark entraram na seleção da maior exposição “queer” organizada no paĂ­s.    


Mas naquele domingo as enormes portas de ferro do prĂ©dio de inspiração neoclássica, construĂ­do na dĂ©cada de 1930 e tombado pelo patrimĂ´nio histĂłrico e artĂ­stico estadual nĂŁo foram abertas. Em nota, sob decisĂŁo unilateral, o Santander Cultural anunciou o cancelamento da exposição. Pessoas vinculadas especialmente ao MBL - Movimento Brasil Livre - criticaram, em atos de violĂŞncias, a exposição, alegando desde blasfĂŞmia no uso de sĂ­mbolos religiosos Ă  divulgação de zoofilia, pedofilia e pornografia. O movimento tentou usar a tática do cancelamento e sugeriu boicote ao banco, alĂ©m de manifestos, vĂ­deos e fake news, referindo algumas obras que sequer faziam parte da seleção dedicada do GaudĂŞncio. 

​

De outro lado, milhares de pessoas favoráveis Ă  abertura da exposição dirigem-se Ă  frente do Santander com performances, cartazes, carros de som, pedindo, cantando e interpretando a liberdade artĂ­stica e de expressĂŁo.  A exposição, a liberdade e o prĂłprio conceito “queer”, que desestabiliza a sociedade heteronormativa e rompe com lĂłgicas binárias, passam a ser discutidos. Artistas, jornalistas, militantes, acadĂŞmicos espalham aos quatro ventos aquele domingo que parecia voltar aos anos em que o arquiteto Stephan Sobczak e o escultor Fernando Corona construĂ­ram o prĂ©dio que abrigava a diferença. 


Foi assim que o MinistĂ©rio PĂşblico Federal, entendendo que “o precedente do fechamento de uma exposição artĂ­stica "causa um efeito deletĂ©rio a toda liberdade de expressĂŁo artĂ­stica, trazendo a memĂłria situações perigosas da histĂłria da humanidade, como os episĂłdios de destruição de obras na Alemanha durante o perĂ­odo de governo nazista", atravĂ©s de Recomendação expedida pela Procuradoria Regional dos Direitos do CidadĂŁo no Rio Grande do Sul, em parecer do procurador da RepĂşblica Fabiano Moraes, solicitou a reabertura da exposição, sugerindo a adoção de medidas informativas de proteção Ă  infância e Ă  adolescĂŞncia e a realização de nova exposição em temáticas similares, já que "o fechamento abrupto da exposição, ainda que por alegadas situações de segurança, possuem um impacto negativo tanto em relação Ă  liberdade artĂ­stica, quanto em relação ao respeito Ă  diversidade". 


Entretanto, o Santander informou que nĂŁo acataria a recomendação e a exposição nĂŁo seria, portanto, reaberta. O procurador da RepĂşblica Enrico Rodrigues de Freitas assume as negociações com o banco e, já em 2018, celebra Termo de Compromisso para que sejam realizadas duas novas exposições. Em uma delas o Santander deveria abordar a temática da intolerância a partir de quatro eixos centrais: gĂŞnero e orientação sexual, Ă©tnica e de raça, liberdade de expressĂŁo e outras formas de intolerância atravĂ©s dos tempos. A outra deveria promover percepções sobre formas de empoderamento das mulheres na sociedade contemporânea, assim como a diversidade feminina.  Assim, em outubro de 2019, já sob o nome de Farol Santander, Ă© inaugurada a mostra EstratĂ©gias do Feminino, contando com uma seleção de 95 obras produzidas por mulheres brasileiras desde o inĂ­cio do sĂ©culo XX.


A outra mostra acordada nĂŁo foi realizada e enseja um aditivo ao Termo de Compromisso inicial, ajustando o pagamento da multa no valor de R$424.391,30. Segundo o termo, o valor deveria ser aplicado integralmente em atividades artĂ­sticas, culturais, projetos e financiamento de ONGs e entidades da sociedade civil. A Procuradoria Regional dos Direitos do CidadĂŁo no Rio Grande do Sul decide, entĂŁo, fazer o repasse do valor da seguinte forma:  


- Utilização de R$150 mil para a realização de 3 Paradas Livres anuais, em Porto Alegre;


- Publicação de edital de chamamento pĂşblico a  organizações, grupos, escolas, museus e outras entidades, no valor máximo, por projeto, de R$ 40.000,00, para que desenvolvam, ao longo de 2021, ações voltadas ao campo dos direitos humanos, ligadas Ă s seguintes temáticas: defesa Ă  livre expressĂŁo sexual e identidades de gĂŞnero; combate Ă  discriminação, opressĂŁo e violĂŞncias Ă s pessoas ou grupos ligados aos movimento LGBTQI+; defesa dos direitos das mulheres, considerando as transversalidades Ă  mulher negra, indĂ­gena, lĂ©sbica, trans e de populações tradicionais e combate Ă  violĂŞncia domĂ©stica, sexual e outras formas de violĂŞncia ligadas ao gĂŞnero.
-  Criação de uma campanha midiática de conscientização sobre o respeito Ă  diferença, Ă  diversidade e aos grupos cujas expressões de gĂŞnero sĂŁo vitimadas por violĂŞncias simbĂłlicas e fĂ­sicas, chamada EU SOU RESPEITO.


Simone Amorim, ao entrevistar Gaudêncio Fidelis, no ano de 2019 pergunta se a Queermuseu cumpriu seus objetivos: “Sem dúvida! Eu acho que a grande contribuição que ela dá é justamente instituir esse debate e fazer esse debate através da arte. Ou seja, goste ou não goste de arte, as pessoas têm que passar por ele, não tem jeito”.

​

Então, apoiem a campanha, usem a #eusourespeito, divulguem o edital e acompanhem as ações. Somos o respeito à arte, à diversidade, às expressões, às identidades, à negritude, à ancestralidade, aos gêneros, às identidades todas, todos e todXs.

 
Eu sou respeito!

 

Queermuseu: breve trajetĂłria

 

ENCONTRE A GENTE

​

E-mail: prrs-eusourespeito@mpf.mp.br

             eusourespeito@gmail.com

            

 

Contato: (51) 3284.7431

​

  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube
 

© 2023 por Ariete Fraga. Junto ao WIX.